| 17/03/2004 18h54min
Um grupo de manifestantes tomou as ruas de Madri nesta quarta, dia 17, para apoiar o primeiro-ministro espanhol, José María Aznar, e acusar os socialistas de explorar o ataque a bomba da última quinta para vencer as eleições. O PP, partido de Aznar, era favorito para vencer as eleições de domingo, mas foi derrotado. O favoritismo acabou três dias antes do pleito, quando bombas explodiram em trens de Madri e mataram 201 pessoas.
Primeiro, o governo causou revolta ao acusar precipitadamente o grupo separatista basco ETA da autoria do ataque, apesar de indicações em contrário. Depois, quando aumentaram as suspeitas de envolvimento da Al-Qaeda, o PP foi vítima da idéia de que as bombas eram uma retaliação ao fato de a Espanha ter apoiado a guerra contra o Iraque, mesmo que houvesse forte oposição popular à invasão.
No protesto desta quarta, havia faixas com os dizeres: "Zapatero: presidente... da Al-Qaeda", referindo-se ao virtual novo primeiro-ministro, José Luis Rodriguez Zapatero. Os manifestantes gritavam: "Zapatero é terrorismo". Partidários do PP acreditam que o socialista seja muito "frouxo" para lidar com o assunto.
– Todos nós do PP queremos dar apoio a Aznar depois dos insultos totalmente injustificados que recebeu. Chamaram-no até de assassino, e ele fez mais que qualquer um para combater os terroristas. Em seus oito anos no poder, foram presos mais terroristas que nunca. É muito triste – disse a corretora de imóveis Cristina Maestre, de 58 anos.
Os manifestantes afirmaram que o protesto não foi organizado pelo partido, e sim por partidários, por meio de emails e mensagens de texto. Havia cerca de 3 mil pessoas na manifestação. A polícia isolou a área, mas não houve tumultos.
As informações são da agência Reuters.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.