Um registro dos condenados, um banco de dados sobre "terroristas" e um melhor controle sobre explosivos e armas estão entre as novas propostas da Comissão Européia, o braço executivo da União Européia, para a luta contra o terrorismo. Os planos, apresentados nesta quinta, dia 18, são uma resposta aos apelos para que a UE atue de forma mais enérgica no combate ao terror depois dos atentados a bomba da semana passada em Madri e os temores de que os ativistas islâmicos voltem a atacar no continente.

As propostas também prevêem uma melhoria nos sistemas de compartilhamento de informações entre os serviços de inteligência de cada país por meio de uma ``agência central''. Esse órgão, porém, não seria equivalente à CIA (agência de inteligência dos EUA). Na sexta-feira, em um encontro de emergência do qual participarão ministros do Interior e da Justiça dos países membros da UE, serão discutidas as propostas. Na próxima semana, reúnem-se os líderes dos países membro.

– Os terroristas responsáveis pelos ataques de Madri investiram contra os princípios fundamentais dos Estados da UE sobre os quais a União se baseia – afirmou a Comissão Européia em uma declaração divulgada depois dos atentados.

– Daremos prioridade agora para a coordenação das operações. A troca de informações entre as autoridades nacionais e as autoridades da UE precisa ser melhorada de forma dramática – disse o documento. 

O Poder Executivo da UE também deseja descobrir se o bloco tem o direito e a capacidade de monitorar os materiais eventualmente usados na fabricação de bombas, como explosivos, detonadores e fontes de materiais radiativos. Ainda, os líderes da UE devem provavelmente nomear um coordenador geral para a área de segurança. Com informações da agência Reuters.