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A Organização das Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos estão trabalhando lado a lado em um plano para o eventual retorno dos inspetores nucleares à Coréia do Norte. A informação foi divulgada nesta sexta, dia 19, pelo diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), Mohamed El Baradei.
Conforme El Baradei, o novo programa seria mais rigoroso do que as inspeções anteriores no misterioso país comunista. Em um sinal de que a cooperação está sendo retomada, depois da tensão em torno da guerra no Iraque, o programa nuclear norte-coreano esteve entre as questões que El Baradei discutiu na quarta, dia 17, com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. A informação foi dada por ele mesmo ao regressar a Viena, onde funciona a sede da AIEA, nesta sexta-feira.
– Estamos trabalhando proximamente com os EUA no desenvolvimento de um plano para verificar o programa quando a hora chegar – disse El Baradei.
Antes de ser expulsa pelo governo de Pyongyang, em 2002, a AIEA tinha direito de fazer inspeções apenas limitadas no complexo nuclear de Yongbyon. Depois disso, a Coréia do Norte se retirou do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. El Baradei disse nesta semana que seus inspetores devem ter acesso irrestrito às instalações norte-coreanas caso voltem ao país.
– Precisamos consultar para ver como podemos chegar a um plano que evite os retrocessos do passado e garanta que tenhamos um plano de ação abrangente e verificável, para podermos fazer um exame completo do programa nuclear deles – disse El Baradei.
A AIEA e Washington acreditam que a Coréia do Norte já possui uma bomba atômica. Depois do encontro com Bush, El Baradei disse que caso as seis partes envolvidas nas negociações – as duas Coréias, os EUA, a China, a Rússia e o Japão – atinjam qualquer acordo sobre o programa nuclear do Norte, esse plano deve incluir inspeções irrestritas da ONU. Com informações da agência Reuters.
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