| hmin
As Forças Armadas dos Estados Unidos apresentaram nesta segunda, dia 22, um documento explicando as circunstâncias que resultaram na morte do cinegrafista da Reuters Mazen Dana no Iraque. Conforme o Exército, o soldado norte-americano que matou Dana agiu corretamente.
O material, divulgado sete meses depois da morte, concluiu que a "decisão de atirar contra o senhor Dana, apesar de trágica e lamentável, justificava-se com base nas informações que o soldado dispunha naquele momento.'' O relatório do Pentágono disse que "os movimentos repentinos'' de Dana e o reflexo do sol contribuíram para a decisão do soldado de atirar.
A Reuters disse que não pode concordar com a explicação de que a morte de Dana foi justificada e pediu pela implementação imediata das recomendações incluídas no relatório para aumentar a segurança dos jornalistas em zonas de guerra.
Dana, que era palestino, morreu do lado de fora da prisão de Abu Ghraib, em Bagdá, no dia 17 de agosto. O documento afirmou que ele não teria morrido, se as recomendações sugeridas no relatório já tivessem sido adotadas.
Segundo as Forças Armadas norte-americanas, o soldado, que disparou de um tanque, tinha "certeza suficiente" de que Dana estava prestes a usar uma granada lançada por foguete (RPG). O palestino estava apenas com sua câmera.
O relatório diz que o comandante do tanque reconheceu que Dana não estava armado imediatamente depois de disparar. O documento conclui que a falta de comunicação entre as forças norte-americanas sobre a presença de jornalistas nos locais contribuiu para a tragédia.
Dana foi o segundo cinegrafista da Reuters morto no Iraque. O primeiro, o ucraniano Taras Protsyuk, morreu em abril do ano passado quando um tanque norte-americano disparou contra o hotel Palestina em Bagdá. O cinegrafista espanhol José Couso também morreu.
As informações são da agência Reuters.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.