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Os atuais e os ex-secretários de Estado e de Defesa dos Estados Unidos começam nesta terça, dia 23, a depor diante de uma comissão nacional encarregada de descobrir se alguém pode ser responsabilizado pelo fracasso dos serviços de segurança em impedir os ataques de 11 de setembro de 2001 contra o país. O atual secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, a antecessora dele no cargo, Madeleine Albright, o secretário de Defesa do país, Donald Rumsfeld, e o antecessor dele, William Cohen, participarão das investigações sobre o seqüestro de quatro aviões que terminou na morte de cerca de 3 mil pessoas.
O testemunho deles ocorre depois das polêmicas declarações de Richard Clarke, uma ex-autoridade dos serviços de combate ao terrorismo nos governos de George W. Bush e de Bill Clinton. Clarke diz que o governo Bush não levou a sério as ameaças da rede Al-Qaeda antes dos ataques de 11 de setembro e depois tentou, sem sucesso, ligá-los ao Iraque.
Bush e seus assessores, ao assumirem o poder, acreditavam que Clinton estava "obcecado demais com a Al-Qaeda", escreveu Clarke no recém-lançado livro Against All Enemies (Contra todos os inimigos). O atual presidente não agiu antes do 11 de setembro apesar das repetidas advertências, foi criticado por adotar medidas óbvias depois dos ataques e lançou uma guerra desnecessária contra o Iraque, afirmou Clarke.
Segundo ele, Clinton identificou o terrorismo como uma grande ameaça do pós-Guerra Fria e trabalhou para melhorar o combate à questão. Mas viu-se enfraquecido por ataques políticos e não conseguiu pressionar a CIA (agência de inteligência dos EUA), as Forças Armadas e o FBI (polícia federal) a trabalharem nesse sentido.
A Casa Branca (sede do governo) contra-atacou, afirmando que Bush havia reconhecido a ameaça representada pela Al-Qaeda. O assunto ganha maior destaque devido à proximidade das eleições presidenciais nos EUA, em novembro próximo. A Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas contra os EUA deve concluir seu relatório até 26 de julho, data que coincide com a Convenção Nacional do Partido Democrata, a qual nomeará formalmente John Kerry como candidato da oposição.
As informações são da agência Reuters.
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