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Israel acusou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça, dia 23, de hipocrisia por promover um debate sobre o assassinato do líder do Hamas, xeque Ahmed Yassin, e não condenar os ataques suicidas de palestinos contra civis.
O Conselho de Segurança da ONU de 15 membros manteve um debate na segunda sobre o assassinato de Yassin por Israel após os embaixadores árabes e os Estados Unidos não terem chegado a um acordo em torno de um comunicado condenando o ataque.
– Nenhuma resolução, nenhum comunicado presidencial foi adotado por esse Conselho para denunciar especificamente o massacre deliberado de nossos civis inocentes – disse o embaixador de Israel junto à ONU, Dan Gillerman, em discurso.
Gillerman disse que Yassin ajudou diretamente ou inspirou 425 ataques que mataram 377 israelenses e feriram 2.076 nos últimos três anos e meio. Ele disse que o conselho está saindo em defesa de "um padrinho do terrorismo" e classificou a atitude como "hipocrisia".
O observador palestino na ONU, Nasser al-Kidwa, abriu o debate pedindo que a entidade condene o assassinato de Yassin que era tetraplégico.
– Condenamos enfaticamente este novo crime israelense e a manutenção do poder de ocupação israelense – disse.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, condenou a morte. Outros países também condenaram o assassinato e muitos disseram que foi uma atitude extrajudicial que viola as leis internacionais.
Com informações da agência Reuters.
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