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A agência de inteligência do Estado Unidos, a CIA, informou ao presidente do país, George W. Bush, e aos demais altos funcionários do governo que Osama bin Laden era uma das maiores ameaças aos Estados Unidos, revelou uma comissão nacional encarregada de investigar os ataques de 11 de setembro de 2001. A informação chegou a Bush e seus assessores antes pouco antes da posse do atual presidente.
– Bush, então presidente eleito, perguntou se matar Bin Laden resolveria o problema – afirmou um relatório preparado para as audiências desta quarta, dia 24.
Dirigentes da CIA disseram ao presidente que a morte do militante teria um grande impacto, mas que não significaria o fim da ameaça. O diretor da agência de inteligência, George Tenet, e o ex-coordenador das ações de combate ao terrorismo Richard Clarke devem testemunhar nas audiências da comissão.
Nesta semana, Clarke, conselheiro do governo Bush e dos três governos anteriores, acusou o atual presidente norte-americano de não ter reconhecido a urgência da ameaça representada pela rede Al-Qaeda, de Bin Laden. Na metade de 2001, a quantidade de informações sobre ameaças terroristas aumentou de forma alarmante.
– No final de julho, havia indícios sobre o planejamento de múltiplos, e possivelmente catastróficos, ataques terroristas contra alvos norte-americanos no Exterior – disse a comissão nacional no relatório.
O Centro de Combate ao Terrorismo da CIA identificou 30 possíveis alvos e lançou operações para frustrar eventuais atentados. Durante esse período, alguns dirigentes da agência mostraram-se decepcionados com a postura do governo, afirmou o relatório.
– O vice de Tenet, John McLaughlin, disse-nos ter sentido uma grande tensão, especialmente em junho e julho de 2001, entre a necessidade de o novo governo entender a gravidade dessas ameaças e a convicção dele de que essa era uma questão bastante urgente – contou o relatório.
As informações são da agência Reuters.
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