| 26/03/2004 15h24min
A safra de soja 2003/2004 no Paraná teve uma redução de 1,7 milhão de toneladas, correspondente a 14,2% de queda, e um prejuízo avaliado em R$ 1,46 bilhão. A estiagem dos últimos meses contribuiu para a quebra da safra, segundo dados divulgados pela Secretaria da Agricultura do Estado.
A expectativa de produção passa a ser de 10,2 milhões de toneladas contra uma estimativa inicial de 11,9 milhões de toneladas. A safra deste ano é 6,6% inferior à recorde de 2002/2003, quando foram colhidas 10,9 milhões de toneladas.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), no relatório anterior havia a expectativa de que a quebra seria maior e que a safra paranaense ficaria abaixo de 10 milhões de toneladas. Entretanto, com 48% da área colhida, os levantamentos apontam para a confirmação das perdas estimadas atualmente.
Aproveitando as excelentes cotações da soja no mercado internacional, os agricultores intensificaram a comercialização da safra. Somadas as vendas antecipadas (soja verde) com aquelas para entrega efetiva (colhida) 25% da produção já estão negociados.
A safra de grãos 2003/2004 no Estado deverá ficar entre 26,18 milhões e 27,77 milhões de toneladas, uma redução de 10,9% sobre o recorde colhido em 2002/2003, que foi de 30,28 milhões de toneladas. Segundo o Deral, as chuvas registradas no período de 12 a 14 de março passado amenizaram um pouco o quadro de estiagem observado na maioria das regiões porém, foram insuficientes para restabelecer a umidade desejada e recompor o nível de água de fontes e riachos.
Já estão confirmadas perdas de 17% da produção de algodão e 14,2% da produção de soja. Combinadas com a redução de área e perda do potencial de produtividade do milho safrinha, não compensadas pela expectativa de aumento do cultivo de cereais de inverno, confirmou-se a redução da safra.
Outras lavouras também foram prejudicadas pela seca. Segundo a engenheira agrônoma Vera Zardo, do Deral, ocorreram perdas de batata seca (12,5% ou 28.639 toneladas) e desenvolvimento insatisfatório das lavouras de cana-de-açúcar, rami, amoreira e mandioca.
As informações são da Agência Brasil.
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