| 28/03/2004 11h42min
Um ciclone extratropical deixou um rastro de destruição em Santa Catarina e no litoral norte do Rio Grande do Sul neste domingo, dia 28. Durante a madrugada os ventos do fenômeno chamado Catarina chegaram a 150 quilômetros por hora e provocaram pelo menos, uma morte, além de deixarem centenas de desabrigados e duas embarcações desaparecidas no mar. A BR-101, entre Criciúma e Araranguá, em Santa Catarina, está interrompida com cerca de 50 árvores caídas na pista e deve ser liberada apenas às 16h. Os ventos na manhã deste domingo estão em 60 quilômetros por hora.
O incidente fatal ocorreu em Maracajá, em Santa Catarina. No município catarinense próximo a Criciúma, a queda de uma árvore na BR-101 que atingiu um automóvel, matou o motorista e deixou dois ocupantes feridos – uma mulher em estado greve que foi submetida a cirurgia durante a noite e uma criança que está em observação no hospital. Em Torres, um homem de 61 anos, morador de Torres, chegou a ser identificado como a segunda vítima do ciclone. No entanto, segundo a Defesa Civil, ainda não há ligação entre a morte e o fenômeno climático, já que o corpo de Matos não apresentava ferimento.
A Defesa Civil em Santa Catarina contabiliza 40 municípios atingidos pelo ciclone. Em Criciúma, cerca de 300 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas e pelo menos 30 ficaram feridas, 30 casas foram totalmente destruídas e cerca de 3 mil ficaram danificadas pelos ventos. Em Araranguá, 200 casas foram destelhadas ou destruídas. Em Torres, cerca de 350 pessoas foram levadas para abrigos e escolas e não há eletricidade.
Os fortes ventos derrubaram cerca de 1000 postes em Santa Catarina e destruíram pelo menos 250 transformadores, o que deixou muitos municípios sem energia elétrica. Segundo o presidente das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), Carlos Rodolfo Schneider, o fornecimento de energia deve ser reestabelecido em 48 horas. Entre as cidades sem eletricidade estão Araranguá, Criciúma, Passo de Torres, Maracajá e Sombrio.
Cerca de 11 mil residências catarinenses estão sem telefonese e não há previsão de restabelecimento do serviço. No Rio Grande do Sul, somente a localidade Vila São João, em Torres, ficou com as linhas telefônicas interrompidas. Duas embarcações estão desaparecidas, e a Marinha já enviou navio e helicóptero para as buscas. Uma delas, a Valio 2, de Itajaí, pode ter naufragado com seis tripulantes a bordo.
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Com informações da Globo News, Rádio Gaúcha e CBN/Diário.
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