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O presidente francês, Jacques Chirac, desafiou nesta terça, dia 30, a opinião pública ao manter no cargo seu impopular primeiro-ministro, Jean-Pierre Raffarin, mas ordenou uma reforma no governo após a derrota de seus aliados conservadores nas eleições regionais.
A decisão levou a críticas da esquerda, que acusa Chirac de ignorar o povo francês. Além disso, ela gera dúvidas sobre a velocidade e abrangência de reformas para cortar custos. A Presidência afirmou em um comunicado que a composição do novo gabinete será anunciada nesta quarta. Chirac adiou por um dia uma visita que faria a Moscou para comparecer à primeira reunião do governo reformado na sexta.
Raffarin, 55 anos, deixou o palácio presidencial sorrindo, após dois dias de tensão em que seu futuro político ficou incerto. O Partido Socialista e seus aliados obtiveram uma ampla vitória na eleição deste mês para os 26 conselhos regionais da França. Raffarin deverá agora continuar com as reformas que lhe renderam a má fama, como o corte de custos do sistema público de saúde, para tentar reduzir o déficit público do país conforme os limites determinados pela União Européia.
A esquerda recebeu 50% dos votos, contra 37% da centro-direito nas eleições regionais, vistas como um protesto contra o alto índice de desemprego e o programa de reformas. Pesquisas feitas depois da eleição sugeriram que a maioria dos eleitores desejava a renúncia de Raffarin e a nomeação de um novo primeiro-ministro.
As informações são da agência Reuters.
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