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As estimativas de perdas na agricultura em virtude de problemas climáticos em Santa Catarina são de R$ 339 milhões. A informação foi divulgada pelo Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa). O número anterior, da primeira quinzena de março, era de R$ 168 milhões.
O novo número também se aproxima de uma estimativa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul, que na semana passada divulgou perdas de R$ 300 milhões.
Segundo o engenheiro agrônomo Simão Brugnago Neto, um dos fatores para o acréscimo foram as perdas ocasionadas pelo ciclone, em especial na cultura de arroz. As perdas na rizicultura foram estimadas em 64 mil toneladas, o que equivale a R$ 42,2 milhões, ou 6% da produção estadual.
Mas o principal acréscimo ocorreu nas culturas de soja e milho, em virtude da estiagem. A quebra na soja já chega a 15%, o que representa 130 mil toneladas e R$ 112 milhões.
No milho o índice de perdas é menor, de 10%, mas significa muito, por ser a cultura mais representativa. Somente no cereal o Estado vai deixar de colher 420 mil toneladas, o que representa uma quebra de R$ 128 milhões.
Percentualmente o feijão foi o mais atingido, com redução de 26%, que representa 52 mil toneladas e R$ 52 milhões. O Icepa também incluiu neste estudo perdas na produção de leite.
A estiagem seria responsável por cerca de 10% na produção de leite, segundo o engenheiro agrônomo Tabajara Marcondes. Isto significa 10 milhões de litros por mês. Como a queda iniciou há cerca de um mês, o Icepa estimou as perdas em R$ 4,2 milhões.
A Defesa Civil do Estado já registra 134 municípios com decretos de emergência em virtude da estiagem. O último foi do município de Iomerê.
Somando outros eventos, como granizo, enxurradas e o furacão, são 170 decretos, sendo 15 por calamidade pública.
As informações são do Diário Catarinense.
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