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As bandeiras de sete países do leste europeu foram hasteadas pela primeira vez na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta sexta, dia 2. No mesmo dia, os líderes da aliança militar ocidental, agora com 26 membros, se preparam para discutir uma lista cada vez maior de conflitos globais nos quais a organização está envolvida.
– No começo de um novo século, a entrada de sete novos membros amplia a área de estabilidade de nosso continente (...) Isso confirma que as divisões do passado foram superadas – disse o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini.
As bandeiras da Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia, todos países ex-comunistas, foram içadas no jardim da sede da Otan, em um subúrbio de Bruxelas, quatro dias depois da adesão dessas nações.
Estônia, Letônia e Lituânia são antigas repúblicas soviéticas, cuja incorporação à Otan preocupou profundamente a Rússia. Mas o chanceler russo, Sergei Lavrov, deve se reunir com seus colegas da Otan ainda na sexta, o que foi visto por diplomatas ocidentais como um sinal de aceitação.
Apesar das queixas de Moscou, desde segunda, horas depois da adesão formal dos novos membros, aviões da Otan já começaram a patrulhar os países bálticos. O ex-presidente lituano Vytautas Landsbergis, herói da independência de seu país, em 1991, disse à rádio pública local que "as pessoas estão tentando nos dizer que a Guerra Fria acabou, que a Rússia é diferente. Mas há muitos fatos mostrando-nos que isso é uma ilusão.''
– Não falo do povo russo, mas na mentalidade dos líderes russos nada é diferente de 10 ou 15 anos atrás. A Guerra Fria contra os países bálticos continua. – disse.
O secretário de Estado norte-americano Colin Powell disse que não há razão para nervosismo diante do mal estar russo.
– Não sinto que os russos vão achar necessário frear esta medida com nenhuma ação que seria provocativa, desestabilizadora ou perigosa – afirmou em declarações divulgadas pelo Departamento de Estado.
Na reunião de sexta, os ministros devem tratar da questão do Afeganistão, onde há demora no estabelecimento da segurança, e dos recentes tumultos étnicos em Kosovo. Devem também anunciar medidas contra o terrorismo em conjunto com parceiros do Mediterrâneo, mas devem evitar qualquer medida que leve a um maior envolvimento no Iraque.
Uma fonte da Otan disse que a aliança vai cumprir sua meta de, até junho, fortalecer sua presença no interior do Afeganistão, criando cinco novas equipes de reconstrução provinciais. Entidades de ajuda humanitária afirmam que essas equipes estão se estabelecendo apenas em áreas relativamente estáveis, sem melhorar a questão da segurança, maior problema do Afeganistão.
Sobre Kosovo, os diplomatas dizem que não há um novo plano para evitar mais confrontos étnicos, mas os aliados devem manter parte dos reforços enviados para a região.
Com informações da agência Reuters.
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