| 05/05/2001 16h38min
A criação de grandes lagos artificiais para geração de energia elétrica pode alterar o clima de toda a região em torno da obra. Este é o motivo do acompanhamento que o Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos (Climerh) está fazendo da região de entorno da hidrelétrica de Itá (foto), no oeste catarinense. O instituto mantém estações que coletam dados sobre temperatura, umidade, vento, evaporação e chuva durante 24 horas por dia. Os dados coletados são enviados automaticamente, via internet, para uma central em Florianópolis. Estes números são então comparados com as médias históricas dos últimos 30 anos da região. Segundo a meteorologista Márcia Fuentes, do Climerh, ainda não foram percebidas mudanças na região de Itá, mas o trabalho ainda deve continuar por mais quatro anos. – O que se sabe é que geralmente as mudanças são pequenas. As vezes, meio grau a mais e um pouco mais de umidade. Geralmente, estas mudanças são facilmente assimiladas pela fauna e flora local – afirmou Fuentes ao clicRBS. O projeto é gerenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também faz acompanhamento dos trabalhos de recuperação da fauna das áreas alagadas e da população que é deslocada para o enchimento do lago. O mesmo trabalho será feito no lago da usina de Machadinho, também no oeste catarinense, a partir do segundo semestre, quando o lago deve estar completamente cheio.
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