O grupo interministerial liderado pelo Ministério da Casa Civil – e integrado pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Integração Nacional e Fazenda – decidiu nesta quinta-feira, dia 8, que o governo federal tomará medidas de impacto para reduzir os efeitos da seca no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná e em Mato Grosso do Sul. A estiagem foi definida como um problema localizado e intenso em algumas regiões daqueles Estados.

Em reunião realizada pela manhã no Palácio do Planalto, ficou definida a liberação de novos recursos para a safra de inverno. Foi discutida ainda a prorrogação das operações de crédito de custeio e investimento para os agricultores atingidos. O conjunto de medidas será anunciado na próxima sexta-feira, dia 16, prazo para a conclusão de um diagnóstico completo sobre a situação.

Os Ministérios do Desenvolvimento Social e Ministério da Integração Nacional estão analisando documentação de 349 municípios que decretaram estado de emergência em razão da seca. Nos casos em que essa situação for confirmada, o governo pretende liberar o Bolsa Família e recursos emergenciais contra a seca.

Além dessas medidas, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, o governo deve anunciar também providências envolvendo o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Para o ministro, o problema da seca tem sido tratado com bastante seriedade.

– Trata-se de uma seca localizada, mas muito intensa – definiu Rossetto.

Na próxima semana, o governo federal convidará os secretários estaduais de Agricultura do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul para discutir o quadro da estiagem. O objetivo do encontro é trocar informações sobre o problema e articular de iniciativas conjuntas entre os governos estaduais e o federal para enfrentá-lo.