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Apesar de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ter alcançado 0,47% em março, quando as projeções do mercado indicavam uma taxa de 0,40%, as expectativas ainda são de corte dos juros na reunião de terça e quarta-feira, dias 13 e 14, do Comitê de Política Monetária (Copom).
Antes da divulgação do IPCA de março, as apostas de redução iam a até 0,5 ponto percentual da atual taxa básica (Selic) de 16,25% ao ano. Agora as estimativas se concentram em um corte de somente 0,25 ponto percentual.
O próprio ministro da Fazenda, Antonio Palocci, deu a entender que o Copom poderá reduzir os juros no encontro desta semana. Como é de seu hábito, Palocci afirmou tratar-se de uma decisão técnica do Banco Central (BC), mas reconheceu existir uma margem para a redução. No geral, segundo o ministro, o comportamento favorável da inflação permite que a política monetária responda a ele. Palocci se referia a outros dois índices de inflação – o IPC e o IGP-M –, que ficaram abaixo das previsões do mercado. Ambos, no entanto, foram anunciados antes do IPCA.
Depois de dois meses consecutivos sem alteração, o juro básico da economia recuou de 16,5% para 16,25% ao ano na reunião de março. As estimativas de redução da taxa na reunião deste mês têm como base a desaceleração da inflação. Mesmo que o IPCA de março tenha ultrapassado as previsões, o índice caiu em relação ao meses anteriores: em janeiro chegou a 0,76% e em fevereiro a 0,61%. Esse índice é utilizado pelo BC para monitorar as metas de inflação do governo.
Com informações do jornal Zero Hora.
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