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Mostrando-se surpreso com o crescente número de baixas militares no Iraque, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, anunciou nesta quinta, dia 15, a prorrogação da permanência de 20 mil soldados no país, que deveriam permanecer ali durante apenas um ano. Entre eles há 6 mil reservistas e membros da Guarda Nacional.
Rumsfeld não chegou a dizer que o Pentágono colocou menos soldados do que o necessário no Iraque na época da invasão, há um ano, mas admitiu que não esperava que dezenas de militares morressem na última semana de confrontos com rebeldes sunitas e xiitas.
– Eu certamente não estimaria que fôssemos perder tantos indivíduos quanto perdemos na semana passada – disse ele em entrevista coletiva na qual comentou a morte de 93 militares desde 31 de março.
Agora já são 680 militares norte-americanos vítimas de "ações hostis", acidentes e outros incidentes desde o começo da guerra. Assim como fez o presidente George W. Bush na sua entrevista coletiva desta terça, dia 13, Rumsfeld não se curvou aos críticos que acusam o governo de não prever as dificuldades no Iraque.
– Eu prefiro responder do meu jeito. O que eu disse e pensava, com razoável clareza, era que há um ano, se vocês me pedissem para descrever como estaríamos em 15 de abril de 2004 no Iraque, eu não teria descrito precisamente do jeito que estamos agora – disse Rumsfeld, com ar sombrio, diante da insistência dos jornalistas sobre o assunto.
Os EUA mantêm atualmente 137 mil soldados no Iraque, e esse número deve ficar em torno de 135 mil pelos próximos três meses. Inicialmente, o plano era de que o contingente fosse reduzido para 115 mil nas próximas duas semanas.
– Aprovamos a prorrogação de aproximadamente 20 mil homens – gente que está atualmente no teatro de operações –, dos quais cerca de um quarto devem ser pessoal da Guarda e da reserva –, disse Rumsfeld.
Esse grupo deveria concluir sua permanência de um ano no Iraque neste mês, mas em vez disso permanecerá por mais 90 dias, prorrogáveis por outros 30. A prorrogação do prazo dessa perigosa missão causou consternação entre muitas famílias de militares, especialmente dos membros da Guarda Nacional e reservistas, que normalmente só trabalham nos quartéis em meio-período. Rumsfeld ressaltou que essa medida não representa um "congelamento" do rodízio de tropas, mas não quis prometer que a prorrogação se limitará aos 120 dias.
– É desnecessário dizer que lamentamos ter de prorrogar (a permanência) desses indivíduos, mas o país está em guerra, e precisamos fazer o que for necessário para termos sucesso.
Com informações da agência Reuters.
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