O setor elétrico e eletrônico brasileiro deverá ter crescimento de 20% este ano, registrando faturamento de US$ 60 bilhões ante os US$ 50 bilhões de 2000. O desabastecimento de energia deverá ampliar os negócios. A previsão foi feita nessa quinta-feita pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Carlos de Paiva Lopes, durante reunião da diretoria regional da entidade, no Ritter Hotel, em Porto Alegre. Em sua primeira visita ao Estado depois de ter assumido a entidade, em 27 de abril, Paiva Lopes se disse muito otimista em relação aos resultados deste ano. Admitiu, no entanto, uma pequena retração no volume de investimentos pelas empresas de telecomunicações, carro-chefe do setor, decorrente da queda da Nasdaq, da crise argentina e do fato de os fornecedores de equipamentos não estarem mais financiando as operadoras. No primeiro trimestre deste ano, o segmento cresceu 37%. Se a retração realmente ocorrer, o setor será puxado pelo segmento de geração, transmissão e distribuição de energia, que já nos primeiros três meses do ano cresceu 34%. A expectativa de Paiva é de que os investimentos do governo federal em usinas, somados à venda de componentes, geradores e transformadores, trará um excelente retorno para as indústrias.