| 11/05/2001 18h04min
O ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Gonzalo Gonzalez, afirmou nesta sexta- feirao que estão confirmados mais de 300 focos de febre aftosa no país. O plano nacional de vacinação, que começou no domingo passado, ainda não teve concluída a primeira etapa, que prevê a imunização do rebanho das regiões de fronteira com o Brasil. No total, foram distribuídas 3.267.500 doses de vacina. Em pouco mais duas semanas, a doença se manifestou em 17 dos 19 departamentos. De acordo com a previsão do governo uruguaio, na última quinta-feira deveria ter começado a segunda fase do Plano Nacional de Vacinação. Nesta etapa, o país seria imunizado por zoaneamento, atingindo o restante do rebanho - 10 milhões de cabeças - em 20 dias. Até agora o plano não foi executado. Nesta sexta, no departamento de Cerro Largo, fronteira com a região da Campanha gaúcha, chegaram mais 20 mil doses para imunizar o rebanho na região em torno do foco de Fraile Muerto, a 180 quilômetros da fronteira. Na quinta-feira também foi confirmado o terceiro foco na região, na localidade de Bañado de Medina, em Cerro Largo, a 80 quilômetros da cidade gaúcha de Aceguá. O veterinário uruguaio Hugo Arambillete, de Melo - capital do departamento de Cerro Largo - acredita que o vírus que atingiu a Argentina e o Uruguai, e agora o Brasil, tenha sido manipulado em laboratório. De acordo com Arambillete, o reduzido número de animais atingidos por foco e o tempo de enfermidade - cerca de três dias - levam a esta conclusão. O veterinário explica que há seis anos, quando ainda se vacinava no Uruguai, os animais doentes chegavam a ter os sintomas da doença por até 20 dias.
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