O Hamas prometeu vingar a morte do líder líder do Hamas Abdel-Aziz al-Rantissi neste sábado, dia 17, em um ataque de mísseis lançado por um helicóptero israelense contra o carro em que ele estava.

– Israel vai se arrepender disso. A vingança está chegando – disse o dirigente do Hamas Ismail Haniya. – Esse sangue não será em vão. É o nosso destino no Hamas e nosso destino como palestinos morrer como mártires. A batalha não enfraquecerá nossa determinação ou destruirá nosso desejo.

Centenas de integrantes do grupo militante e simpatizantes ocuparam o hospital para o qual Rantissi foi levado. O Hamas, que prega a destruição de Israel, está envolvido em uma série de ataques suicidas contra israelenses durante os três anos e meio de Intifada – levante popular palestino contra a ocupação israelense na Faixa de Gaza e Cisjordânia.

O ataque de mísseis foi lançado horas depois que um policial de fronteira israelense foi morto por um homem-bomba palestino, no posto de Erez, na fronteira Israel-Gaza. O assassinato de Rantissi ocorre no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, recebe o apoio dos Estados Unidos para um plano unilateral de retirada de Gaza.

Nesta semana, os palestinos protestaram contra a decisão do presidente dos EUA, George W. Bush, de permitir que Israel mantenha algumas colonias na Cisjordânia. Rantissi, co-fundador do Hamas, tornou-se um dos dois principais dirigentes da organização quando Israel matou o líder espiritual do grupo, xeque Ahmed Yassin, em 22 de março, em Gaza.

Israel prometeu matar líderes do Hamas por conta dos ataques contra seu território. Em junho passado, Israel já havia tentado matar Rantissi. Naquela ocasião, ele e seu filho adolescente ficaram feridos quando um míssil foi disparado por um helicóptero israelense contra o carro em que estavam, também na Cidade de Gaza. Rantissi havia se negado a se esconder como outros dirigentes do Hamas que estão na lista de procurados por Israel.

As informações são da agência Reuters.