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Espanha pede aos EUA documentos sobre morte de cinegrafista

Espanhol foi morto em ataque de tanque americano a um hotel em Bagdá

Um juiz da suprema corte espanhola pediu aos Estados Unidos que entregue os documentos sobre a morte de um cinegrafista espanhol durante a guerra do Iraque. O cinegrafista foi morto no ataque de um tanque norte-americano a um hotel em Bagdá.

Em outubro, o tribunal concordou com um pedido dos familiares do jornalista do canal Telecinco José Couso para investigar sua morte. Os parentes querem que três soldados norte-americanos sejam julgados pelo crime.

Segundo um documento judicial obtido pela agência Reuters, o juiz espanhol Baltazar Garzon enviou um pedido oficial ao departamentos da Defesa, Estado e Justiça dos EUA, solicitando cópias de todas as informações que tiverem sobre o caso. O cinegrafista de 37 anos foi morto no dia 8 de abril do ano passado, quando um tanque dos Estados Unidos atirou contra um hotel de Bagdá que servia de base para a maioria dos jornalistas estrangeiros que cobriam a guerra.

O advogado da família do jornalista classificou o ataque como crime de guerra e disse que a lei espanhola permite julgar suspeitos de serem criminosos de guerra na Espanha independente de onde ele tenha sido cometido. Garzon, que assumiu o caso após a suspensão de um colega, também quer que as autoridades norte-americanas o informem se alguma investigação civil ou militar sobre o ataque está em andamento.

O cinegrafista da Reuters Taras Protsyuk, 35, foi morto no mesmo ataque. Um relatório do Pentágono – o qual teve um resumo divulgado em agosto – absolvia os soldados que alegaram terem atirado pois acreditavam que um franco atirador tentava atingi-los do prédio.

Com informações da agência Reuters.


 
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