| 15/05/2001 22h27min
Sob um forte esquema de segurança e acompanhado por médicos da Polícia Federal, o traficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi ouvido nesta terça-feira pela Comissão de Combate à Violência da Câmara dos Deputados, em Brasília. O traficante debochou dos parlamentares, que saíram frustrados da sessão, já que Beira-Mar não revelou detalhes de seu envolvimento com o narcotráfico. Beira-Mar disse ser "a pontinha do iceberg" no tráfico brasileiro, dizendo ser um pequeno traficante, mas demonstrou ter conhecimento do mercado de drogas. Apesar dos apelos dos parlamentares para que ele colaborasse, o depoente se recusou a dar nomes de pessoas envolvidas com o tráfico. O depoente confirmou que, ao fugir do Brasil, esteve no Paraguai, na Bolívia e na Colômbia. Disse que o narcotráfico funciona como uma empresa. Interpelado sobre a possibilidade de participar do programa de proteção a testemunha, Beira-Mar afirmou que não tem vocação para alcagüete. O presidente da Comissão, deputado Marcondes Gadelha (PFL-PB), classificou o depoimento como decepcionante, porque não foram fornecidas informações que possam levar ao crime organizado.
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