| 26/04/2004 19h22min
O Eexército norte-americano confirmou a morte de dois soldados na explosão de um depósito químico que tentavam revistar em Bagdá na segunda, dia 16. Segundo um porta-voz militar, cinco ficaram feridos. O general de brigada Mark Kimmit disse que os soldados invadiram uma loja "suspeita de fornecer agentes químicos para terroristas, criminosos e rebeldes''.
– Também havia informações sugerindo que esses indivíduos estavam envolvidos na produção de munição química – disse ele em uma entrevista coletiva.
Kimmitt afirmou que os soldados estavam acompanhados de membros "de algumas de nossas organizações'', que ele não quis identificar. Testemunhas dizem que podem ser membros do Iraq Survey Group (ISG), uma equipe que procura armas proibidas.
A construção ficou destruída, assim como uma casa vizinha. Depois da explosão, soldados norte-americanos atiraram para o alto para dispersar a multidão que se aproximava do local, enquanto bombeiros tentavam apagar o fogo dos veículos. Quando os soldados foram embora, os iraquianos começaram a destruir os veículos danificados, gritando palavras antiamericanas. Um dos carros foi empurrado por mais de um quilômetro até uma das ruas mais movimentadas de Bagdá, onde foi novamente incendiado.
– Houve uma enorme bola de fogo e fui jogado para o chão – disse Imad Hashim, que afirmou estar a cerca de 100 metros do local.
Não estava claro o motivo da explosão, mas, segundo testemunhas, ela aconteceu quando cerca de 12 soldados tentaram invadir o prédio.
Moradores mostraram a um repórter da Reuters dois cartões de identificação do ISG e um documento com o logotipo do ISG e classificado como secreto. Nele havia duas fotos aéreas do local e da área em volta, além de informações de que 32 norte-americanos estavam envolvidos na operação. Os moradores disseram ter tirado os documentos dos veículos da equipe, danificados na explosão.
– Vários americanos, pelo menos um deles usando roupas especiais, chegaram em Humvees e estacionaram na frente do prédio – disse o vizinho Amir al-Taee.
O ISG foi organizado pelos EUA no ano passado para procurar armas de destruição em massa. A suposta existência dessas armas foi a razão invocada por Washington e Londres para justificar a necessidade da guerra. Mas elas nunca foram encontradas.
As informações são da agência Reuters.
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