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Cerca de 20 mil palestinos realizaram uma passeata na Faixa de Gaza nesta quinta, dia 29, para protestar contra as novas ameaças feitas pelo primeiro-ministro Ariel Sharon a Yasser Arafat. O presidente palestino reiterou não ter medo das ameaças do líder israelense em declarações feitas por telefone a partir da sede de seu governo, em Ramallah (Cisjordânia).
– Minha vida não é mais importante para mim do que a de qualquer menino ou menina palestino. Todos somos mártires na defesa de nossos sagrados locais muçulmanos e cristãos. Não desistiremos de conseguir a independência, a liberdade e a criação de um Estado – afirmou Arafat, impedido pelas forças de Israel de sair da sede de seu governo desde o final de 2001.
Na semana passada Sharon afirmou que não mais cumpriria a promessa feita em 2001 ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de não ferir Arafat. A declaração visava conseguir apoio dentro do partido dele, o Likud, para o plano unilateral de retirada da Faixa de Gaza.
Autoridades norte-americanas pediram que Sharon cumprisse sua promessa. Um assessor do premiê afirmou mais tarde que não havia nenhum plano para matar Arafat no futuro próximo e que a declaração do dirigente era apenas uma declaração de "princípios". Israel acusa o presidente palestino de fomentar os atentados e recusa-se a negociar com ele, e Arafat nega todas as acusações.
Sharon pretende, como contrapartida da retirada unilateral da Faixa de Gaza, anexar definitivamente grande parte da Cisjordânia, território palestino ocupado desde 1967.
– Não há espaço para a ocupação israelense de nossas terras palestinas. Não há espaço para os assentamentos israelenses. Não há lugar para o muro racista deles – disse Arafat, referindo-se à barreira física construída por Israel dentro da Cisjordânia.
Os manifestantes acenavam com cartazes de Arafat e bandeiras palestinas.
– Vamos sacrificar nosso sangue e nossas almas por Abu Ammar – gritavam, usando o nome de guerra de Arafat. Representantes de várias facções palestinas, incluindo militantes islâmicos, participaram da manifestação que acabou no quartel-general de Arafat em Gaza, agora vazio.
Com informações da agência Reuters.
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