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Em dicurso na inauguração de uma fábrica em Goiás, nesta quarta, dia 5, o presidente fez um mea culpa sobre a atuação de seu governo. Lula disse que nem todas as decisão de seu gestão resultaram nos objetivos desejados e que, diante disso, não há problemas em mudar de posição.
– Eu não queria que isso aqui (a construção da ferrovia Norte-Sul) fosse visto como uma promessa. Quero dizer ao governador (de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB) que eu aprendi na minha vida que toda vez que a gente toma uma decisão, enquanto governo, e essa decisão não tem os objetivos que a gente deseja, não há nenhum problema de o governo mudar de posição –afirmou, mencionando erros no programa Primeiro Emprego, já admitidos por ele próprio em discurso no último dia 26.
A declaração foi uma resposta a Perilo, que criticou uma medida provisória que, segundo ele, restringe o crédito aos produtores agrícolas e vai provocar um aumento de 7,5% na cesta básica.
– Criamos uma lei para o Primeiro Emprego, que foi aprovada em outubro no Senado, e descobrimos, depois que fizemos a lei, que ela tinha um impeditivo: ao mesmo tempo em que nós queríamos que o empresário contratasse um jovem para o primeiro emprego, a gente proibia esse empresário, em caso de necessidade, de dispensar um trabalhador que ele não precisasse mais.
Lula citou também o debate em torno da mudança de sistemática na cobrança Cofins:
– O assunto foi discutido a mil mãos e a mil cabeças. Na hora da votação, nós tivemos que fazer vários acordos, porque descobrimos vários setores que estavam sendo prejudicados.
Sobre a política econômica, Lula disse que tomou a decisão de não inventar "nenhuma daquelas coisas" que depois de algum tempo dão prejuízo para o povo mais pobre. Ele citou como exemplos os planos Collor, Verão, Bresser, Cruzado e o Plano Real.
O presidente admitiu que a taxa de juros ainda é muito alta, mas disse que é importante "refrescar a memória dos críticos" de que a taxa real é a mais baixa dos últimos 10 anos. Com relação ao aumento do salário mínimo de apenas R$ 20, o presidente voltou a afirmar que o que impediu um reajuste maior foram as contas públicas.
– Nesta semana nós não discutimos salário mínimo. A gente discutiu na verdade o déficit da Previdência Social, que é de R$ 31 bilhões – disse.
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