| 20/05/2001 19h57min
Os empresários catarinenses vão pedir nesta segunda-feira ao ministro das Minas e Energia, José Jorge, pressa na implantação do projeto da termelétrica a carvão, como saída para combater a crise energética. O ministro, que estará na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis, receberá um documento que mostra que a Usina Termelétrica do Sul Catarinense (Usitesc), que reúne as empresas Metropolitana e Criciúma, pode abastecer duas cidades do porte de Blumenau. O projeto está sendo discutido há dois anos e prevê a geração de 440 megawats. A usina exigirá investimentos de US$ 600 milhões, mas espera viabilidade através da isenção no pacotão de incentivos fiscais e tributários. Na prática, os mineradores querem que o governo federal defina pontos importantes como a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para os produtos nacionais e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o maquinário importado dos Estados Unidos. Uma reivindicação que tramita no Ministério das Minas e Energia para, se aprovada, caminhar ao Ministério da Fazenda. Estima-se que 40% da tecnologia da usina venha do exterior. Além das isenções, os empresários também negociam a garantia de que a energia gerada entre no sistema da Eletrobrás. Rui Hulse, presidente do Sindicato das Indústrias de Extração do Carvão de Santa Catarina (Siecesc), destaca que o país tem uma reserva energética de carvão mineral que não pode mais ser desprezada. Os cálculos do empresariado do setor mostram que o carvão integra em 46% o bolo de combustível fósseis. No restante das reservas, aparecem a nuclear, gás e petróleo. Percentuais que mostram, para Rui Hulse, os erros no modelo de geração de energia adotado no país. As hidrelétricas são responsáveis por 97% do sistema, enquanto o carvão aparece com minguados 0,7%. No cenário mundial, completa o empresário Alfredo Flávio Gazola, presidente da Usitesc e da carbonífera Criciúma, o carvão mineral é a principal matéria-prima na produção de energia, com 40% do sistema.
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