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A Petrobras reduziu a importação de óleo diesel em 80% nos primeiros quatro meses deste ano, ajudada pelo aumento de refino de petróleo que atingiu nível recorde no mês passado.
Em abril, a empresa refinou 1,758 milhão de barris de petróleo por dia, 1,2% a mais do que no mês anterior, sendo 75% do total refinado produzido no mercado interno, informou a companhia em comunicado nesta quinta, dia 6.
A substituição de importação por óleo produzido no Brasil representou uma economia de divisas da ordem de US$ 1,2 bilhão.
A produção de óleo diesel também foi recorde, segundo a estatal, atingindo 694,2 mil barris diários em abril, 4,3% a mais do que o último recorde registrado em março e 18,6% superior à média de produção do ano passado.
Com isso, a necessidade de importação caiu da média de 57 mil barris diários em 2003 para 14 mil barris por dia nos primeiros quatro meses de 2004.
A Petrobras tem mantido o preço do óleo diesel e da gasolina congelados desde maio de 2003. A pressão para que a estatal reajuste os preços dos produtos vem aumentando nos últimos dias, após as consecutivas altas do petróleo no mercado internacional e o patamar recorde registrado nesta quinta, dia 6, com o barril em Nova York bem perto dos US$ 40.
A diretoria da estatal, no entanto, argumenta que no ano passado manteve os preços inalterados, apesar da queda de preços, o que estaria sendo compensado com a alta registrada este ano.
Segundo o presidente da companhia em recentes entrevistas, José Eduardo Dutra, a política da empresa é não ajustar preços enquanto o mercado estiver volátil. Ele previa que o preço do petróleo deveria cair no segundo trimestre e disse que se isso não ocorresse teria que aumentar os preços.
Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, "não há nenhuma novidade em relação aos preços da empresa, não há aumento".
Analistas temem pela redução do valor de mercado da empresa, já que investidores poderão optar por petrolíferas que ajustem seus preços com o mercado e, com isso, promovam a vendas de ações da Petrobras.
As informações são da agência Reuters.
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