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O Maio Verde começou com carreatas, distribuição de panfletos e bandeiras nesta quinta-feira, dia 6, em Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul. Cerca de 50 ruralistas fizeram manifestações ao longo da manhã nas ruas do município. Bandeiras verdes foram distribuídas em pontos estratégicos, como o prédio da prefeitura.
Os produtores prometem manter a mobilização até quinta-feira, quando termina o prazo para que as cerca de 700 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que invadiram a Fazenda Guerra, no vizinho município de Coqueiros do Sul, deixem o local.
– Queremos mostrar para a sociedade a importância de apoiar quem produz, gera empregos e riqueza para o país. Vamos nos manter unidos até que acabe a ameaça ao nosso trabalho e a nossa dignidade – afirma Jânio Henrique Siqueira Pacheco, presidente do Sindicato Rural de Carazinho.
As manifestações começaram às 9h. Após entregarem uma bandeira verde ao prefeito Alexandre Goellner (PSDB) e distribuírem panfletos em lojas, os ruralistas saíram em carreata até a sede carazinhense da Cotrijal. Em frente ao Banco do Brasil, trancaram meia pista e exibiram faixas referentes ao Maio Verde. Enquanto os produtores rurais faziam manifestação em Carazinho, 250 integrantes do MST davam prosseguimento à marcha iniciada no dia 24 de abril, em Cruz Alta.
O grupo iria montar acampamento próximo ao trevo de acesso a Não-Me-Toque. Segundo Silvio dos Santos, um dos coordenadores da marcha, o objetivo é chegar quinta-feira à Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul, invadida em 2 de abril por outros 700 integrantes do movimento. Um acordo entre o MST, o Incra e os proprietários da fazenda estabeleceu a data de 6 de maio para que os sem-terra desocupem a área e o Incra apresente uma proposta.
– Estamos aguardando para que o acordo seja cumprido. Mas essa marcha mostra que estamos cada vez mais mobilizados para atingirmos o nosso objetivo de acabar com os grandes latifúndios dessa região – diz Santos, afirmando ainda que os integrantes da caminhada deverão fazer um protesto pacífico em Carazinho entre esta sexta-feira e este sábado, dia 8.
Em Almirante Tamandaré do Sul, a 15 quilômetros da fazenda invadida, cerca de 450 pessoas ligadas ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) têm até o final da tarde de hoje para desocupar uma área às margens do km 163 da BR-386.
A Justiça de Carazinho atendeu ao pedido de reintegração de posse da Coviplan, concessionária que administra a rodovia e que alega que o grupo está em uma área "de domínio público, que não pode ser ocupada".
As informações são do jornal Zero Hora.
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