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O editor do jornal britânico Dailly Millor, Piers Morgan, foi demitido nesta sexta, dia 14, devido à publicação de fotos que mostrariam supostos abusos cometidos por soldados britânicos contra prisioneiros no Iraque e que o governo provou serem falsas.
– O Conselho da Trinity Mirror decidiu que não é apropriado que Piers Morgan continue em seu papel como editor do Daily Mirror, então ele deixará o cargo imediatamente – informou o jornal em comunicado.
Soldados britânicos envolvidos no escândalo sobre os abusos disseram que as fotos "não fazem sentido" e colocam as tropas britânicas em risco por auxiliar no recrutamento de novos membros para a Al-Qaeda.
Alguns oficiais de alta patente atacaram o jornal por sua série de fotos – consideradas falsas pelo governo –, incluindo uma que mostraria um soldado britânico urinando em um prisioneiro com o rosto coberto.
– Aquela fotografia era falsa e não foi tirada no Iraque. Isso é uma questão muito séria porque a vida de pessoas foi colocada em perigo, por uma coisa que se transformou em algo completamente sem sentido – disse o brigadeiro Geoff Sheldon a jornalistas.
No comunicado sobre a demissão de Morgan, o jornal afirma:
– O Daily Mirror publicou com boa-fé fotografias que considerava se tratar totalmente de imagens genuínas de soldados britânicos abusando de prisioneiros iraquianos.
E acrescenta:
– No entanto, agora existem evidências suficientes de que elas eram falsas e que o Daily Mirror foi alvo de uma brincadeira calculada e maliciosa.
O governo britânico foi categórico na análise que fez das fotos, na quinta-feira, e afirmou que elas "não foram tiradas no Iraque".
As fotos foram publicadas pelo Mirror pouco depois da divulgação de fotografias de abusos cometidos contra detentos no Iraque por soldados norte-americanos na penitenciária de Abu Ghraib, nas proximidades de Bagdá.
Observadores afirmam que, legítimas ou não, as fotos publicadas pelo jornal já prejudicaram a reputação das tropas britânicas.
O coronel David Black, principal oficial do regimento, que está na região de Basra, disse que as fotos são "um cartaz de recrutamento para a Al Qaeda e todas as outras organizações terroristas".
Ainda no comunicado, o jornal pede desculpas pela publicação das fotos.
– O Daily Mirror pede desculpas sinceras por publicar as imagens e se arrepende profundamente pelos danos causados à reputação do QLR (Regimento Rainha Lancashire, na sigla em inglês) e ao Exército no Iraque.
As informações são da agência Reuters.
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