A possibilidade de o Sul entrar em racionamento para poder transferir mais eletricidade ao Sudeste voltou ser amenizada pela Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul e por representantes de distribuidoras gaúchas de energia. A secretária Dilma Rousseff reiterou que o Sul tem condições de ficar fora das medidas de contenção de consumo energético pelo menos até dezembro, conforme demonstraram estudos técnicos já divulgados. O anúncio foi reforçado devido à manifestação do presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS), Mário Santos, antecipando que até o dia 31 de maio serão concluídos novos estudos demonstrando se Sul e Norte devem, ou não, sofrer racionamento para poderem transferir mais eletricidade ao Sudeste e Nordeste. A secretária lembrou que, só com a medida de ampliação da geração em 3,3 mil megawatts – com a antecipação da conclusão da hidrelétrica Machadinho, importação da Argentina e entrada em funcionamento de novas térmicas a gás – o Sul estará incrementando a oferta praticamente na mesma proporção da atual demanda gaúcha. O presidente da RGE, Sidney Simonaggio, lembrou ainda que as avaliações demonstraram a possibilidade de manter o Sul fora do racionamento mesmo com pouca chuva e se nenhuma providência estivesse sendo tomada. Conforme o presidente da RGE, na última semana houve uma queda média de 5% no consumo de eletricidade nas áreas abastecidas pela empresa, chegando a 10% no chamado horário de ponta, quando começa a escurecer. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) também registrou retração na demanda. A queda média de consumo entre os clientes da CEEE também foi de 5%. O plano de racionamento