| 22/05/2004 14h50min
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou repetidamente que o instituto que leva o seu nome, lançado neste sábado, dia 22, não servirá de plataforma para um futuro cargo eleitoral.
– Eu sei que vai ser difícil convencer que o objetivo (do instituto) não é eleitoral, não é partidário, mas creiam, não é – afirmou Fernando Henrique em entrevista em um hotel de São Paulo.
Ele ponderou que, com sua experiência política, seria "ingênuo" considerar que ele ficasse apenas como expectador dos fatos políticos.
– Mas não é o instituto FHC que vai servir de plataforma, de base para isso, eu não preciso disso, isso eu posso fazer diretamente com vocês – disse dirigindo-se aos jornalistas.
O ex-presidente trouxe para o evento figuras como o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, que faria uma palestra, os ex-primeiros-ministros Lionel Jospin, da França, e António Gutérres, de Portugal, além do ex-presidente uruguaio Julio Sanguinetti.
Fernando Henrique afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para o lançamento, mas, como viajou à China na sexta-feira, mandou uma carta e pediu que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos o representasse.
— Esta instituição tem contato com o governo. Agora, não é uma instituição governamental... e sem intenção de fazer lobby junto ao governo – disse.
O instituto, localizado em tradicional prédio no centro antigo de São Paulo, obteve R$ 15 milhões junto a grandes empresários do país. O custo mensal do instituto é de R$ 150 mil, e a verba arrecadada é gerenciada pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. O organismo, segundo Fernando Henrique, é um centro de debates e de reflexão sobre temas políticos, sociais e econômicos do Brasil.
As informações são da agência Reuters.
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