As empresas catarinenses interessadas em comprar o gás natural proveniente da Bolívia têm até esta quinta-feira para entrar em contato com a Companhia de Gás de Santa Catarina (SC-Gás). A companhia pretende ampliar seus ramais de distribuição para as regiões de Joinville, Blumenau, Grande Florianópolis e Criciúma, num total de 25 municípios. Antes de realizar o processo de licitação que vai definir a empresa responsável pelas obras de expansão da rede, no entanto, a SC-Gás quer saber quantas empresas estão interessadas no fornecimento do combustível. A empresa estuda ainda outros três mercados para serem incluídos no pacote: São Bento do Sul, Foz do Iguaçu e Rio do Sul/Lages. A expectativa é concluir o trabalho em 24 meses a partir do segundo semestre, quando deve ser concluída a licitação, e atender inicialmente pelo menos 200 empresas do setor cerâmico, têxtil, entre outros, que terão o gás como opção de energia. O investimento é de R$ 212,4 milhões. Metade é financiado pelo Banco do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com contrato assinado em abril. A outra parte será custeada pelos acionistas da SC-Gás. Para o abastecimento dos postos de combustível, a SC-Gás assinou contrato com a Petrobras e Texaco, que prevê a disponibilidade do gás em 17 unidades de Joinville, Guaramirim, Blumenau e quando completar a rede de canalização, São José. Mas a definição da data em que o gás natural estará nos postos depende da Petrobras, Texaco e proprietários porque é necessário investimento para modificar a ilha de abastecimento. Para os consumidores domésticos, a previsão é em dois anos iniciar o fornecimento nos municípios de Joinville, Blumenau, São José e Florianópolis, de acordo com o diretor técnico comercial da empresa, Carlos Augusto de Vasconcelos. Em cinco anos, o planejamento aponta 12 mil clientes residenciais e de estabelecimentos comerciais e de serviços em Santa Catarina.