| 27/05/2004 08h10min
A Petrobras está avaliando em que patamar o preço do petróleo vai se estabilizar para só então decidir se vai aumentar ou não os seus preços. A afirmação é da ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em missão à China. A ministra disse que a empresa está sendo cautelosa para que as instabilidades do mercado internacional não influenciem a economia brasileira.
– Não podemos submeter a economia brasileira a solavancos. Nós acompanhamos o preço do mercado internacional, achamos que isso é imprescindível, só não podemos fazer todos os ajustes súbitos e voláteis que existem no mercado – disse nesta quarta, dia 26.
Dilma lembrou que o mercado do petróleo tem um componente especulativo por causa do fundo de commodities.
– Os fundos de commodities têm o comportamento extramemente volátil, porque são fundos financeiros. Você tem que acompanhar a alteração efetiva do preço do petróleo. Se de fato você tem um quadro internacional que configure alguma restrição de demanda ou de oferta, aí você toma decisões – argumentou Dilma, lembrando que o país não pode fazer todos movimentos de sua economia interna acompanhando um fundo financeiro.
No quadro atual, a ministra avaliou que há pontos negativos e também positivos.
– Existe, por exemplo, pelo lado dos preços mais baixos, a entrada de grandes países ofertantes na Opep, como a Rússia. No caso da restrição, há problemas no Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita. Outro fator positivo é a estabilização na Venezuela e na Nigéria.
Nesta quarta a Petrobras anunciou um reajuste de 1,55% no valor da gasolina nas refinarias em função do aumento do álcool anidro, que foi reajustado em razão do preço maior da cana de açúcar. A diferença na bomba pode chegar a 10% para o consumidor.
Com informações da Agência Brasil.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.