O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nessa quinta-feira relatório no qual reduz, pela segunda vez este ano, as suas estimativas de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2001. De acordo com as projeções do órgão federal, por causa do racionamento de energia, o PIB deverá expandir-se 3% este ano, ante previsão anterior de 4%. Na primeira quinzena de maio, o economista Paulo Levy, coordenador do grupo de conjuntura, havia reduzido de 4,6% para 4,3% a previsão para a economia, por conta dos efeitos da crise argentina e das duas elevações da taxa básica de juros (Selic) ocorridas até então. O Ipea projeta inflação de 6% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e de 8,9% pelo Índice de Preços por Atacado (IPA), que compõe os Índices Gerais de Preços (IGPs) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O instituto estima ainda que a taxa de desemprego aberto média deste ano no país deverá subir de 6,4% para cerca de 6,8%.