Os Estados Unidos reiteraram pedido para que americanos deixem a Arábia Saudita depois que militantes aparentemente ligados à rede Al-Qaeda mataram neste sábado, dia 29, pelo menos 16 pessoas no país, incluindo sete estrangeiros.

– Nós estamos reiterando nosso pedido para que cidadãos americanos deixem o país em luz dos recentes ataques terroristas – disse um representante da embaixada dos Estados Unidos na Arábia Saudita.

O consulado norte-americano em Dahran, perto do lugar em que ocorreu o ataque, em Khobar, ficará fechado ao público até domingo, dia 30, afirmou o funcionário.

Atiradores supostamente ligados à rede Al-Qaeda mataram pelo menos nove sauditas e sete estrangeiros na cidade de Khobar. Depois, fizeram reféns em um condomínio de luxo, residência de muitos estrangeiros. Forças de segurança sauditas invadiram o condomínio, mas a batalha continuava. Segundo as forças de segurança, os militantes ainda mantêm reféns e um oficial saudita foi ferido. Muitos civis foram retirados do local.

– Nós ouvimos que muitos reféns, a maior parte ocidentais, estão presos lá dentro – disse à Reuters um residente local que pediu para não ser identificado.

Um americano, um inglês, um egípcio, dois filipinos, um indiano e um paquistanês estavam entre os mortos no ataque. Além deles, dois civis sauditas e sete integrantes das forças de segurnça perderam a vida.

Em sites islâmicos, um comunicado supostamente emitido pela rede Al-Qaeda, de Osama bin Laden, reivindicava responsabilidade pelos ataques. O grupo, que é apontado como o responsável pelos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, prometeu desestabilizar o governo saudita, aliado dos EUA e principal exportador de petróleo do mundo.

Testemunhas afirmaram que dois carros com sinais militares entraram no complexo Apicorp e que militantes mataram a tiros uma criança egípcia de nove anos quando um ônibus escolar foi atingido. O ataque aparentemente tinha como alvo a indústria de petróleo.

As informações são da agência Reuters.