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Enfrentando críticas devido aos métodos usados para interrogar suspeitos de terrorismo detidos pelos Estados Unidos, o presidente George W. Bush insistiu nesta quinta, dia 10, que sempre ordenou que os métodos de interrogatório fossem dentro da lei.
– O que eu autorizei é que ficássemos dentro da lei dos EUA. Vou dizer isso mais uma vez. Na verdade, talvez eu possa ser mais claro. As instruções que foram dadas para o nosso pessoal eram para que eles se ativessem à lei – disse Bush no final de uma reunião do Grupo dos Oito (G8), ao ser questionado sobre quais métodos de interrogatório ele autorizaria se os Estados Unidos tivessem um suspeito de terrorismo sob custódia e se soubessem que ele estava planejando um ataque.
– Isso deveria confortar vocês. Nós somos uma nação da lei. Nós aderimos às leis. Nós temos leis nos livros. Vocês podem olhar essas leis, e isso pode confortá-los. E essas foram as instruções que dei ao governo – afirmou.
Os maus-tratos contra prisioneiros iraquianos cometidos por soldados norte-americanos, revelados em abril, levantaram questões mais amplas sobre o interrogatório de prisioneiros sob custódia dos EUA, em um período de grande preocupação sobre ataques terroristas. Um memorando de março de 2003 de advogados da administração Bush argumentava que o presidente, como comandante-em-chefe da nação, não estava obrigado a cumprir as leis internacionais ou norte-americanas.
O documento de 56 páginas endereçado ao secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, citava a "completa autoridade do presidente sobre a conduta da guerra", anulando tratados internacionais como um tratado global que bania a tortura, a Convenção de Genebra e uma lei federal norte-americana contra a tortura.
Bush, questionado repetidamente em coletivas de imprensa sobre se ele considerava que a tortura era justificada sob certas circunstâncias, disse não se lembrar se tinha lido o documento endereçado a Rumsfeld. Em Washington, autoridades norte-americanas disseram nesta quinta que Rumsfeld pode ampliar a investigação sobre os abusos de prisioneiros iraquianos para incluir militares de alta patente, e que também havia ordenado ser informado sobre a morte de qualquer prisioneiro sob custódia militar dos EUA.
Sete soldados norte-americanos estão sendo acusados de maltratar e humilhar iraquianos na prisão de Abu Ghraib, em Bagdá. Várias outras investigações estão sendo feitas sobre os métodos de interrogatório do Exército dos EUA.
Com informações da agência Reuters.
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