Comitiva internacional dos bancos financiadores da duplicação do trecho Sul da BR-101 agendou visita em Santa Catarina entre 4 e 7 de julho. Após inspecionar a área e analisar o projeto, a comitiva deve elaborar seu parecer. A expectativa é que o relatório aprove o processo de duplicação, o que possibilitará lançar o edital de concorrência para a contratação das empreiteiras. A comitiva é formada por técnicos dos escritórios de Washington (EUA) e de Brasília, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco de Cooperação Internacional do Japão. Os bancos assumiram o compromisso de liberar R$ 860 milhões (valor de dezembro de 1999) para as obras. O financiamento é condicionado à aprovação de todo o projeto, que inclui também o cumprimento de um calendário de audiências públicas – já realizadas –, a licença ambiental que foi obtida em abril, entre outras normas. Em maio, uma comitiva nacional esteve em Santa Catarina para levantar as informações. Na inspeção agendada para julho, o grupo deve novamente percorrer o traçado da rodovia, inclusive o trecho Norte. O Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) espera que seja o último passo para a aprovação do projeto e confirmação do financiamento. Ao receber o aval, o DNER pode lançar o edital de licitação. A programação exclui o lote dois, em Palhoça, que ainda depende de parecer da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A Funai anunciou que em cerca de 20 dias deve se pronunciar. O Ibama garantiu que com o aval da Funai emite a licença ambiental. Existem duas opções em análise para o trecho: túnel ou viaduto. A primeira alternativa passa sob área onde vivem cerca de 100 índios. Se a alternativa aprovada for o viaduto, a execução da obra no trecho pode atrasar porque o projeto de engenharia ainda está sendo executado. Como a duplicação no restante do traçado Sul deve começar até janeiro de 2002, se criar um gargalo no trecho do Morro dos Cavalos – devido ao atraso do processo no local – o DNER estuda a possibilidade de transformar provisoriamente o acostamento numa segunda terceira pista para fluir o tráfego na rodovia. Nesta quinta-feira, a partir das 9h, no Morro dos Cavalos, está programada uma audiência pública para o DNER apresentar o projeto do viaduto à Funai, à aldeia Guarani, Ministério Público Federal e para a Comissão Parlamentar Pró-duplicação da Assembléia Legislativa, que organizou o encontro.