O dólar comercial abriu esta segunda, dia 14, em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,155 na compra e R$ 3,165 na venda. As atenções do mercado financeiro se concentram esta semana na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá sobre o percentual da taxa básica de juros do país. De acordo com pesquisa do próprio Banco Central, a estimativa das instituições financeiras é de que a taxa seja mantida nos atuais 16% ao ano.

As justificativas para a manutenção são várias, mas a principal é a incerteza quanto à política monetária americana. É dado como certo que o Federal Reserve vai elevar os juros americanos na reunião do final deste mês. A dúvida é saber de o ajuste será de 0,25 ou de 0,50 ponto percentual. Um aperto de 0,25 ponto já estaria embutido nos preços dos ativos, mas um aumento maior poderá gerar mais volatilidade para os ativos de países emergentes, prejudicados pela medida.

Outro motivo para a defesa da manutenção dos juros no Brasil são as pressões inflacionárias. Os índices divulgados recentemente mostram aceleração da inflação. É o caso do IPC-Fipe, divulgado nesta manhã, que mostrou alta de preços de 0,77% na primeira quadrissemana de junho. As previsões eram de que a taxa ficasse em 0,60%.

Com tantos índices se acelerando, o mercado aumentou mais uma vez a sua projeção para a inflação deste e do próximo ano. Segundo o boletim Focus, os bancos esperam que a inflação do IPCA fique em 6,61% neste ano, contra previsão anterior de 6,59%. Para 2005, a estimativa subiu de 5,37% para 5,48% anuais.

Os preços do petróleo deverão continuar a ser monitorados de perto nesta semana, assim como a questão do terrorismo. Um ataque suicida no Iraque no fim de semana deixou 13 mortos e diversos feridos. Funcionários do governo iraquiano recém-empossado continuam a ser mortos, evidenciando as dificuldades dos Estados Unidos em controlar a situação no país.

Com o mau humor dos mercados internacionais, os títulos da dívida externa brasileira começaram o dia em baixa. O C-Bond é cotado a 88,75% do seu valor de face, com queda de 0,35%. O risco-país marca 688 pontos-base, com alta de 1,17%.

Com informações da Globo Online.