Subiu para 22 o número de mortos em um ataque aéreo dos Estados Unidos que teve como alvo uma casa na cidade iraquiana de Falluja neste sábado, dia 19.

Segundo testemunhas e funcionários de um hospital local, as vítimas foram soterradas pelos escombros depois que dois mísseis lançados por forças dos EUA destruíram a casa na manhã deste sábado. Parentes levaram 22 corpos para o enterro em um cemitério após as explosões.

– Um avião americano atacou esta casa e outras três foram danificadas. Restaram apenas partes dos corpos – disse uma das testemunhas à Reuters.

O comando militar dos EUA informou mais tarde que o ataque em Falluja tinha como alvo local considerado refúgio de uma rede de combatentes ligados a Abu Musab al-Zarqawi, um militante islâmico acusado de ter ligações com a Al-Qaeda. O general Mark Kimmitt não quis comentar sobre se o número de mortos no ataque ficou realmente acima de 20. Ele afirmou que os EUA possuíam "informações significativas da inteligência" mostrando que membros da milícia estavam na casa.

Kimmitt disse, no entanto, que não havia evidências ainda de que Zarqawi estava na casa. No Cemitério dos Mártires, moradores de Falluja alinharam 22 sepulturas, cobertas com cimento, seguindo a tradição muçulmana de realizar enterros rápidos.

– Eles nos trouxeram 22 corpos, crianças, mulheres e jovens – disse o coveiro Ahmed Hassan.

Oficiais do corpo de fuzileiros navais dos EUA afirmam que a pacificação de Falluja, uma das cidades iraquianas em maior estado de revolta, é crucial para a estabilização do Iraque. A ocupação liderada pelos EUA termina oficialmente em 30 de junho, quando a soberania do país será entregue a um novo governo interino iraquiano.

Em abril, centenas de iraquianos foram mortos em violentos combates entre fuzileiros americanos e rebeldes em Falluja, 50 quilômetros a oeste de Bagdá. Uma trégua foi alcançada sob a condição de que forças iraquianas se encarregassem da segurança na cidade.
 
Com informações da agência Reuters.