Um dos temores da torcida do Grêmio está próximo de ocorrer: perder Christian. O segundo temor, o rebaixamento, pode ocorrer como conseqüência natural do primeiro. O centroavante é o principal referencial de gols gremistas. Christian foi o autor de 18 dos 55 gols do time até o momento, em toda a temporada. Mas a proposta coreana do Ulsan Hyundai seduz o jogador. Na negociação, ele levaria US$ 2 milhões, uma quantia considerável mesmo que receba metade à vista e o restante nos 24 meses seguintes. Teria um salário de US$ 41,6 mil (cerca de R$ 133 mil). No Estádio Olímpico, o atleta recebe atualmente cerca de R$ 70 mil (entre salário e direitos de imagem).

A transação com os coreanos seria muito deficitária aos cofres tricolores caso venha a ser concretizada. O clube receberia apenas US$ 300 mil para ceder Christian aos coreanos, além de perder a peça principal na luta para sair das últimas posições na tabela do Brasileirão, mesmo que esteja difícil de a bola chegar em condições para o arremate.

No fim da tarde desta segunda, dia 21, o centroavante foi até o gabinete do presidente Flávio Obino para conversar. Disse à imprensa que tentará uma maneira para não prejudicar nenhuma das partes. No diálogo com o comandante do clube, o atacante tentou sensibilizá-lo a concordar com o negócio. Christian nega que exista uma cláusula no contrato que permita uma eventual saída consensual diante de uma proposta do Exterior. Mas se nada disso der certo, garante que não ficará contrariado em permanecer atuando pelo Grêmio.

Os dirigentes coreanos chegam ao Brasil nesta terça. Se Flávio Obino concordar em negociar, o encontro deve ocorrer na quarta, no Estádio Olímpico.