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Criticado pelo tratamento reservado aos prisioneiros, o Pentágono vai divulgar as ordens secretas do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, para os interrogatórios de supostos terroristas detidos na base naval de Guantánamo, em Cuba, revelaram nesta terça-feira, dia 22, autoridades norte-americanas.
Detalhes das diretrizes emitidas por Rumsfeld neste ano serão levadas a público a fim de demonstrar que os cerca de 600 supostos militantes islâmicos presos em Guantánamo, quase todos capturados no Afeganistão, não estão sendo torturados. A base naval é alvo de suspeitas desde que surgiu o escândalo de maus-tratos contra presos na penitenciária de Abu Ghraib, perto de Bagdá, no Iraque. A Cruz Vermelha e diversas entidades de direitos humanos criticam o tratamento dado aos presos de Guantánamo, muitos dos quais detidos há mais de dois anos sem acusação formal.
Na Casa Branca, autoridades também planejam divulgar um conjunto de documentos que mostre o processo de deliberações usado pelo presidente George W. Bush quando instituiu regras para garantir um tratamento humano aos presos. Fontes do Pentágono dizem que, em alguns casos, os militares são autorizados a usar técnicas de interrogatório que fogem das normas tradicionais do Exército, porém não são desumanas nem violam as Convenções de Genebra.
Em entrevista na semana passada no Pentágono, Rumsfeld insistiu que seu país "não está adotando a tortura como uma questão de política" e disse desconhecer a existência de qualquer autoridade importante que tenha se desviado dessa conduta. Ele criticou a imprensa pela cobertura que dá ao assunto.
A Anistia Internacional pediu neste mês a criação de uma comissão especial para investigar torturas e maus tratos a prisioneiros sob custódia militar, dizendo que as atuais investigações estão "criticamente comprometidas".
As informações são da agência Reuters.
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