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O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afastou nesta sexta, dia 25, a possibilidade de deixar o governo ou de reassumir a coordenação política do Planalto. Mais cedo, o Planalto desmentiu que uma reforma ministerial esteja em curso.
– O que eu gosto é de governar. Estou onde eu quero estar, estou bem satisfeito, estou fazendo aquilo que o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) quer que eu faça – disse Dirceu a jornalistas.
– Quem é o senhor do meu destino no governo é o presidente Lula. Eu não vou. Eu vou ficar, porque ele já decidiu isso – afirmou.
O ministro esteve reunido durante quase oito horas com o presidente Lula no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Lula chegou nesta madrugada dos Estados Unidos onde se reuniu com investidores e empresários. Enquanto esteve no exterior, a Câmara dos Deputados confirmou o salário mínimo de R$ 260, como queria o governo, derrotando a aprovação do Senado de um valor de R$ 275.
O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, foi acusado por políticos de não conseguir negociar com o Senado, tendo que recorrer a Dirceu. Por isso, especula-se que Dirceu voltaria a assumir a articulação política, que deixou de exercer em janeiro. Outra possibilidade é de que assuma seu mandato de deputado para ocupar a presidência da Câmara.
– Eu sou amigo pessoal do ministro Aldo. Estamos trabalhando articulados. O ministro tem toda a confiança do presidente, portanto tem todo o meu apoio e é o articulador político do governo – afirmou Dirceu.
– Eu não faço nada na Câmara ou no Senado sem a orientação do ministro Aldo Rebelo, porque sou disciplinado – acrescentou.
Existe na Câmara um movimento forte, liderado pelo presidente da Casa, João Paulo Cunha (PT-SP), para o retorno de Dirceu à articulação política. Ele ainda garantiu que não há "agenda'' para a realização de uma reforma ministerial. Questionado se ela ficaria para depois das eleições municipais de outubro disse:
– É muito longe.
O porta-voz da presidência, André Singer, que saiu horas antes de Dirceu do Alvorada, havia dito que não há "nenhuma hipótese de reforma ministerial'' neste momento.
Com informações da agência Reuters.
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