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Taxa de investimento no primeiro trimestre é a maior do governo Lula

Mas ainda não é suficiente para gerar o crescimento esperado pelo governo

A taxa de investimentos no Brasil no primeiro trimestre foi a maior da gestão Luis Inácio Lula da Silva, mas ainda não é suficiente para gerar o crescimento de 3,5% esperado pelo governo, avaliou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça, dia 29.

A taxa totalizou 19,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e a de poupança, 23,4%, também a maior da atual administração.

Segundo Carlos Sobral, técnico do IBGE, a taxa de investimento vem subindo desde o início do governo.

– A tendência é fundamental e a tendência é de subida. (Mas) isso que está se colocando de um crescimento de 3,5 por cento embute uma taxa de investimento um pouco acima dessa atual – disse Sobral.

Ele não deu um número, mas afirmou que para uma expansão sustentada, o ideal seria uma taxa em torno de 25%.

O IBGE informou ainda que o PIB somou R$ 387,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano, contra R$ 348,7 bilhões em igual período de 2003 e de R$ 405 bilhões no quarto trimestre.

Em 2003 como um todo, o PIB totalizou 1,514 trilhão de reais.

A capacidade de financiamento no período foi de R$ 5,2 bilhões – ante 500 milhões de reais em igual período de 2003 – auxiliada pelo saldo positivo da balança de bens e serviços.

A balança de bens e serviços foi superavitária em  R$ 15,5 bilhões no primeiro trimestre, resultando de exportações de R$ 65,2 bilhões e importações de R$ 49,7 bilhões.

Sobral disse que o resultado da capacidade de financiamento pode influenciar nas decisões do Copom.

– Como o país está gerando essa capacidade, isso significa menos pressão sobre o câmbio. Não tendo problema no câmbio, você tem um impacto menor na inflação e isso vai rebater nas decisões do Copom – ponderou.

O IBGE acrescentou que o consumo das famílias somou R$ 221,6 bilhões, acima dos R$ 207,6 bilhões no primeiro trimestre do ano passado.

O consumo do governo foi de R$ 64,7 bilhões, resultado também superior ao de igual período de 2003, de R$ 57,7 bilhões.

A formação bruta de capital fixo – que mostra os investimentos – totalizou R$ 74,7 bilhões, contra 65,3 bilhões no ano passado.

Com informações da agência Reuters.


 
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