| 05/07/2004 22h01min
O ex-primeiro ministro espanhol José María Aznar atribuiu pela primeira vez, nesta segunda-feira, dia cinco de julho, a vitória dos socialistas aos ataques terroristas de 11 de março. A tragédia era considerada por grande parte dos analistas estrangeiros como fator determinante no resultado supreedente do pleito, realizado três dias após a tragédia, mas na Espanha essa interpretação era encarada como perigosa, já que questiona a legitimidade do novo governo e sugere que o terrorismo pode dominar a democracia.
Os socialistas, que assumiram o poder também não havia expressado claramente uma relação direta entre os ataques e o resultado da eleição.
- O Partido Socialista chegou ao poder como resultado de 11 de março. Eles sabem disso e todo mundo sabe também. Antes de 11 de março eles não tinham projeto... Eles não achavam que fossem governar, afirmou Aznar num discurso em nome da fundação política que ele preside.
O novo primeiro-ministro, José
Luis Rodríguez Zapatero, tem
insistido em dizer que os espanhóis queriam uma mudança, e normalmente se recusa a comentar o impacto dos ataques no resultado das eleições.
Os ataques foram realizados por militantes islâmicos que alegavam agir em nome da Al Qaeda, e muitos espanhóis acreditam que a presença das tropas espanholas no Iraque foi um dos motivos para o país ser escolhido como alvo.
A decisão de Aznar de enviar soldados ao Iraque enfrentou forte oposição na época, e o resultado das eleições foi interpretado como uma consequência dessa insatisfação.
As informações são da agência Reuters
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