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O Brasil e outros cinco países, que concentram um terço da população mundial, acertaram nesta segunda-feira, dia 12, durante a 15ª Conferência Internacional de Aids, a criação de um grupo que vai promover transferência de tecnologias de combate à doença.
Segundo o diretor do Programa de DST/Aids do Brasil, Alexandre Grangeiro, a idéia é partilhar abordagens bem-sucedidas e manter e aprimorar o acesso a tratamento nesses países.
China, Rússia, Tailândia, Ucrânia e Nigéria, além do Brasil, fazem parte da formação inicial da rede, que já mantém negociações com outros possíveis membros, como Índia e África do Sul.
Segundo Grangeiro, as áreas de atuação serão centradas em medicamentos, preservativos, insumos farmacêuticos e vacinas. Entre essas quatro frentes, a questão do tratamento foi considerada prioridade por todos os representantes dos países da rede em reunião durante a conferência.
A iniciativa, liderada pelo Brasil, vai receber US$ 1 milhão da Fundação Ford, verba que será utilizada para fazer um diagnóstico das potencialidades e necessidades desses países.
Segundo Grangeiro, serão avaliadas a capacidade de cada governo, as necessidades e as instituições dos países. Até setembro, quando o grupo se reunirá na Rússia, esse levantamento deve estar pronto para começar a definir os protocolos a serem acordados.
– Fazer a rede hoje é se antecipar aos problemas que podemos passar a ter depois de 2005 – afirmou Grangeiro.
A partir desse ano, todos os países deverão adotar leis de patentes e deverão respeitar a propriedade intelectual.
– Se não nos anteciparmos, teremos uma defasagem e dependeremos dos países desenvolvidos, onde a maioria dos medicamentos é produzida – acrescentou.
Com informações da agência Reuters.
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