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O novo chefe da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque viaja para Bagdá no próximo mês, à frente de uma pequena equipe, para restabelecer a presença do órgão no Iraque, disse o secretário-geral Kofi Annan, nesta quinta, dia 22.
O veterano diplomata paquistanês Ashraf Jehangir Qazi, nomeado por Annan para o posto, descartou a idéia de que as autoridades da ONU não serão bem-vindas no Iraque, mas afirmou que a segurança é uma de suas principais preocupações.
– Acredito que há uma razão para o povo iraquiano ver a missão da ONU no país como uma missão a seu serviço - para eles - e meu trabalho será o de reforçar essa impressão – disse Qazi a jornalistas.
Havia 600 funcionários da ONU trabalhando no Iraque logo depois da invasão liderada pelos Estados Unidos. Todos foram retirados no ano passado depois que um atentado a bomba aos escritórios do órgão matou 22 pessoas, incluindo o antecessor de Qazi, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello.
Segundo Qazi, os iraquianos "acreditam que a ONU tem um papel vital a cumprir ... ao fazer a transição política desejada por todos os iraquianos''.
Mesmo que todas as medidas de segurança sejam tomadas, "em última instância, claro, a vida está nas mãos de Alá'', acrescentou ele.
Apenas um punhado de funcionários da ONU está no Iraque no momento: uma equipe de técnicos que ajuda a organizar uma conferência sobre o futuro político do Iraque e uma equipe de segurança.
Centenas de outros funcionários da ONU trabalham em projetos iraquianos a partir da vizinha Jordânia. Um contingente permanente no Iraque tornará necessária a presença de soldados para protegê-lo, particularmente se o órgão for ajudar a preparar as eleições, em janeiro, disse Annan.
O Conselho de Segurança solicitou uma força especial para a proteção dos funcionários. Mas nenhum país concordou em contribuir com tropas, embora alguns tenham discutido a possibilidade, entre eles Paquistão, Nepal, Geórgia, Azerbaidjão e Ucrânia.
O Paquistão disse que mandará soldados apenas se o governo interino do Iraque pedir e se outros países muçulmanos fizerem o mesmo, afirmou Annan.
Quando a missão estiver instalada, a ONU só poderá trabalhar em tarefas "absolutamente essenciais'', como a preparação para as eleições e a transição política, usando um esquema de segurança provisório. O órgão, porém, pouco poderá fazer em termos de reconstrução do país, construção das instituições e direitos humanos.
– Acho que a comunidade internacional entende por quê – afirmou Annan.
Com informações da agência Reuters.
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