A gravação de conversas telefônicas do traficante Fernandinho Beira-Mar mostra que, de dentro da cadeia, ele mantém o controle das operações do tráfico de drogas. A denúncia foi feita nesta segunda-feira pelo Jornal Nacional da Rede Globo. De Brasília, Luiz Fernando da Costa conversava livremente com traficantes em uma prisão do Rio, dava instruções a seus parceiros e fazia ameaças. Pela reportagem, há dois meses na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, Fernandinho Beira-Mar usava um telefone celular, negociava drogas e dava ordens a outros traficantes. Pela gravação, as determinações de Fernandinho eram dadas a três integrantes da quadrilha, presos na divisão anti-seqüestro, no Rio, e repassadas por eles aos traficantes em liberdade. As conversas foram gravadas pela polícia do Rio e pelo Ministério Público, com autorização da Justiça. No dia 6 de junho, os celulares que estavam na divisão anti-seqüestro foram apreendidos. Uma sindicância vai apurar como os aparelhos foram parar nas celas.