A transportadora Golf Link Transport Company, do Kuwait, para a qual trabalham os sete caminhoneiros seqüestrados há duas semanas no Iraque, anunciou neste sábado, dia 31, que aceita as condições dos seqüestradores e que suspenderá suas atividades no Iraque para salvar a vida dos empregados. Além disso, também por exigência dos seqüestradores, a empresa aceitou indenizar os habitantes da cidade iraquiana de Faluja, atacada pelas tropas americanas. As informações são da TV Al-Yazira.

Os sete caminhoneiros – três índianos, três quenianos e um egípcio – foram capturados há 10 dias quando viajavam em comboio do Kuwait para Bagdá. O grupo de seqüestradores ameaçou começar a matar os reféns esta tarde se as exigências não forem cumpridas.

Desde o fim de abril, quando instalou-se no Iraque a chamada "crise dos seqüestros", grupos radicais já seqüestraram cerca de 70 cidadãos estrangeiros de mais de 20 nacionalidades. Alguns foram libertados, outros continuam presos e outros foram assassinados.

Famílias de outros quatro caminhoneiros jordanianos também aguardam o desfecho da crise depois de receber a notícia de que seus parentes seriam postos em liberdade neste sábado.

Segundo informou à imprensa local o irmão de um dos seqüestradados, os criminosos fizeram contato com as famílias depois de saberem que seus integrantes haviam participado de uma manifestação contra a política dos Estados Unidos na Jordânia.

Sob forte pressão do governo interino do Iraque, os grupos de seqüestradores também vêm conseguindo o desprezo de muitos iraquianos e muçulmanos, principalmente depois da decapitação de dois paquistaneses.

Políticos e religiosos condenaram o assassinato e alguns reputados clérigos, como o líder radical xiita Muqtada al-Sadr, advertiram que os seqüestros e mortes atentam contra as leis do Islam.

Com informações da Globo Online.