Um vídeo divulgado neste sábado, dia 7, em um web site usado por militantes islâmicos mostrando a decapitação de um refém norte-americano, não passou de um trote. A brincadeira foi esclarecida pela mãe do homem mostrado na imagem.

– Foi uma brincadeira. Ele é fanático por computador e essas coisas – disse em sua casa nas redondezas de São Francisco, na Califórnia, Theresa Vanderford, mãe de Ben Vanderford, de 22 anos, que aparece nas imagens supostamente sendo decapitado.

A imagem apareceu no web site usado por Abu Musab al-Zarqawi, aliado da al-Qaeda, e foi introduzido por uma manchete que dizia que o vídeo mostrava Zarqawi matando um norte-americano.

Nas imagens o jovem se identifica como Benjamin Vanderford e pede que as forças dos Estados Unidos deixem o Iraque.

– Se não sairmos, todos vão ser mortos dessa forma... Fui oferecido em troca por prisioneiros aqui no Iraque – diz o homem aterrorizado, balançando em uma cadeira, com as mãos amarradas para trás. Em seguida o vídeo mostra uma mão com uma grande faca aparentemente cortando o pescoço de um corpo sem energia.

Benjamin Vanderford, de San Francisco, Califórnia, disse à agência Associated Press que produziu o vídeo na casa de um amigo. Ele afirmou que encenou a decapitação usando sangue de mentira e começou a distribuir a fita de vídeo na Internet há alguns meses.

– Fazia parte de um truque, mas ninguém percebeu até agora – explicou.

O site de Vanderford na Internet o identifica como um jovem de 22 anos, candidato independente a supervisor distrital em San Francisco. Ele também é músico e programador de vídeo-game. Seu manifesto político na página de Internet refere-se a questões locais, como os direitos dos moradores, os sem-teto e a transparência do governo, sem menção ao Iraque.

O vídeo no web site lembra imagens anteriores divulgadas pelo grupo Zarqawi, mas não mostrava a bandeira do grupo ou militantes mascarados. O norte-americano estava usando calça e camiseta, e não um macacão laranja como o usado por reféns anteriores do grupo de Zarqawi.

Com informações da agência Reuters.