O republicano Porter Goss, chefe da comissão de inteligência da Câmara dos Deputados e ex-oficial da CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos), foi o homem escolhido pelo presidente George W. Bush para chefiar o órgão. A medida foi tomada em meio a um processo de reforma das 15 agências de espionagem do país.

Se aprovado pelo Senado norte-americano, o republicano de 65 anos de idade assumirá o comando de um órgão que ainda luta para responder às falhas relacionadas aos ataques de 11 de setembro de 2001 e às supostas armas de destruição em massa do Iraque, que nunca foram encontradas.

Em julho passado Goss chegou a negar ser candidato ao cargo de diretor da CIA e afirmou que a Casa Branca não o tinha convidado para ocupar o posto, deixado vago com a renúncia, em 11 de julho, de George Tenet. Contudo, em declarações dadas depois de seu nome ter sido anunciado por Bush nos jardins da Casa Branca nesta terça, dia 10, Goss afirmou aguardar com ansiedade o processo de confirmação. A agência está sendo chefiada em caráter interino por John McLaughlin.

– A essência do poder de nossos serviços de espionagem são as pessoas e temos alguns norte-americanos maravilhosos fazendo um serviço excelente. Eu costumava fazer parte disso quando trabalhava para a CIA. Estou muito orgulhoso de estar novamente ligado a eles e aguardo com ansiedade os desafios do futuro – disse.

Goss, um ex-agente da CIA para a área de operações secretas que também trabalhou para o serviço de inteligência do Exército, seria o segundo congressista nomeado para comandar a CIA depois de George Bush, ex-presidente norte-americano e pai do atual dirigente.

Goss começou sua carreira pública quando foi eleito para um conselho municipal em 1971, depois que uma doença encurtou sua carreira na CIA. Ele foi eleito para o Congresso em 1988 e vem trabalhando na comissão de inteligência da Câmara dos Deputados desde 1995. Como chefe da Comissão de Seleção Permanente de Inteligência da Câmara, ele liderou a investigação parlamentar sobre os ataques de 11 de setembro, que foram considerados o pior fracasso de espionagem da história dos EUA.

Nascido em Connecticut em 26 de novembro de 1938, Goss formou-se em Yale em 1960 e serviu dois anos no Exército como oficial da inteligência.

Com informações da agência Reuters.