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Pará começa neste domingo nova etapa de vacinação contra a aftosa

Período de imunização coincide com o da redução das chuvas na região

O Estado do Pará dá início neste domingo, dia 15, a uma nova etapa do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. Até 15 de setembro, os pecuaristas dos 15 municípios do arquipélago do Marajó devem vacinar cerca de 800 mil animais, entre bovinos e bubalinos. A informação é do delegado federal de Agricultura no Pará, Moisés Moreira dos Santos, responsável pela supervisão da campanha no Estado.

O período de imunização coincide com o da redução das chuvas na região, quando as condições climáticas permitem uma ampla cobertura vacinal do rebanho. A campanha é executada pelo governo estadual por intermédio da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (AdePará).

Agentes do órgão já estão no arquipélogo do Marajó mobilizando os produtores para vacinar o rebanho. Eles têm realizado reuniões e distribuído cartazes para alertar os pecuaristas sobre a necessidade de imunizar o rebanho. A partir de domingo, os fiscais vão passar a notificar as propriedades rurais que estiverem vacinando os animais. A meta, revela Moreira, é ter uma cobertura vacinal superior a 90%.

A nova etapa da campanha é fundamental para que o estado seja reconhecido como livre de aftosa até 2005, quando todo o Brasil deve estar livre da doença, destaca Moreira. Hoje, apenas o centro-sul do Pará, que abriga 75% das 15,5 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos do estado, é considerada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como livre da doença com vacinação. O arquipélago do Marajó e o Baixo Amazonas, com 5% do rebanho, formam a área de alto risco. O nordeste paraense, com 20%, é de risco médio.

Por não ter erradicado a doença em todo o seu território, o Pará ainda não pode pedir à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) o reconhecimento como área livre de aftosa. Por isso, o estado está impedido de exportar carne bovina e bubalina. Recentemente, um foco da doença foi detectado no município de Monte Alegre, na margem esquerda do Rio Amazonas, o que levou a AdePará a intensificar o combate da doença. Para tanto, o governo comprou 1 milhão de doses para vender, com preços subsidiados, aos pequenos pecuaristas.

– A pecuária é hoje uma das mais importantes atividades da economia paraense, responsável por cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos – ressalta Moreira.

A erradicação da doença, reforça ele, é essencial para que o Pará possa exportar carne e, ao mesmo tempo, aumentar a sua participação no mercado interno, gerando mais emprego e renda no setor.

– A cadeia produtiva da pecuária é muito estratificada no estado, reunindo desde proprietários com 20 animais até aqueles que têm mais de cinco mil cabeças – diz.

As informações são do Ministério da Agricultura.

 
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